Manifestantes
se reuniram na APP-Sindicato na manhã desta sexta (25) e foram novamente às
ruas. Greve continua, após as propostas insuficientes do governo estadual
Willian
Casagrande
No terceiro
dia de greve das escolas estaduais, professores, funcionários e estudantes
reuniram-se, na manhã desta sexta (25), na sede da APP-Sindicato, para uma nova
mobilização. Desta vez, o destino foi o Calçadão de Londrina e, depois, a
Concha Acústica. O objetivo, definido pela direção em conjunto com os
manifestantes, foi dar seguimento à mobilização após a proposta insuficiente do
governo do estado na reunião da última quinta (24).
Em
reunião na Secretaria de Estado de Administração e Previdência, o governo
apresentou proposta de implementação de 33% de hora atividade em 2015, com
pagamento em dinheiro de 0,67 pela hora de trabalho a partir de agosto deste
ano; suspensão do corte ao auxílio transporte de profissionais que estiverem de
licença médica; pagamento de promoções e progressões em dez vezes, a partir da
folha de pagamento de maio, entre outras propostas. As proposições foram
debatidas com a Direção da APP-Sindicato Estadual, em Curitiba
e, depois, refutadas por serem consideradas insuficientes.
A
manifestação iniciou pela Avenida JK. Durante todo o percurso, os professores e
funcionários promoveram diálogo com os motoristas – alguns, mais exaltados,
tentaram furar o bloqueio das faixas, mas não obtiveram sucesso. Na altura do
cruzamento com a Avenida Higienópolis, a marcha virou à esquerda e seguiu rumo
à Avenida Paraná. De lá, desembocou no Calçadão, onde permaneceu por alguns
minutos para o pronunciamento de representantes estudantis, professores e
funcionários.
A
diretora de Comunicação da União Paranaense dos Estudantes (UPES), Luisa
Lourenço, de 18 anos, arrancou aplausos dos manifestantes ao expor apoio aos
educadores e servidores. “Se a educação não muda, a estudantada para também”,
gritou. Outra estudante, do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, refutou a
“manipulação” que os estudantes teriam sofrido, segundo a imprensa. “Não estou
aqui manipulada, sei muito bem da minha realidade e do que preciso. Não preciso
de sindicato, partido ou qualquer coisa se quiser me expressar. A imprensa não vê
nossa realidade”, criticou a estudante.
O ato
continuou até a Concha Acústica. No local, estudantes e grevistas se
posicionaram para ouvir a direção do movimento e encerrar o ato.
Assembleia
geral na próxima semana
A
direção estadual da APP-Sindicato convocou o comando de greve e os conselheiros
para uma reunião neste sábado (26), em Curitiba, para avaliação e debate das
propostas feitas pelo governo estadual. “Devemos chegar a essa reunião com o máximo de
professores e funcionários que pudermos”, afirmou o presidente da APP, Antonio
Carlos Gonçalves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário