domingo, 27 de abril de 2014

Com ato no Calçadão e na Concha Acústica, professores e funcionários prosseguem mobilização



Manifestantes se reuniram na APP-Sindicato na manhã desta sexta (25) e foram novamente às ruas. Greve continua, após as propostas insuficientes do governo estadual

Willian Casagrande

No terceiro dia de greve das escolas estaduais, professores, funcionários e estudantes reuniram-se, na manhã desta sexta (25), na sede da APP-Sindicato, para uma nova mobilização. Desta vez, o destino foi o Calçadão de Londrina e, depois, a Concha Acústica. O objetivo, definido pela direção em conjunto com os manifestantes, foi dar seguimento à mobilização após a proposta insuficiente do governo do estado na reunião da última quinta (24).
Em reunião na Secretaria de Estado de Administração e Previdência, o governo apresentou proposta de implementação de 33% de hora atividade em 2015, com pagamento em dinheiro de 0,67 pela hora de trabalho a partir de agosto deste ano; suspensão do corte ao auxílio transporte de profissionais que estiverem de licença médica; pagamento de promoções e progressões em dez vezes, a partir da folha de pagamento de maio, entre outras propostas. As proposições foram debatidas com a Direção da APP-Sindicato Estadual, em Curitiba e, depois, refutadas por serem consideradas insuficientes.
A manifestação iniciou pela Avenida JK. Durante todo o percurso, os professores e funcionários promoveram diálogo com os motoristas – alguns, mais exaltados, tentaram furar o bloqueio das faixas, mas não obtiveram sucesso. Na altura do cruzamento com a Avenida Higienópolis, a marcha virou à esquerda e seguiu rumo à Avenida Paraná. De lá, desembocou no Calçadão, onde permaneceu por alguns minutos para o pronunciamento de representantes estudantis, professores e funcionários.
A diretora de Comunicação da União Paranaense dos Estudantes (UPES), Luisa Lourenço, de 18 anos, arrancou aplausos dos manifestantes ao expor apoio aos educadores e servidores. “Se a educação não muda, a estudantada para também”, gritou. Outra estudante, do Colégio Estadual Marcelino Champagnat, refutou a “manipulação” que os estudantes teriam sofrido, segundo a imprensa. “Não estou aqui manipulada, sei muito bem da minha realidade e do que preciso. Não preciso de sindicato, partido ou qualquer coisa se quiser me expressar. A imprensa não vê nossa realidade”, criticou a estudante.
O ato continuou até a Concha Acústica. No local, estudantes e grevistas se posicionaram para ouvir a direção do movimento e encerrar o ato.
Assembleia geral na próxima semana
A direção estadual da APP-Sindicato convocou o comando de greve e os conselheiros para uma reunião neste sábado (26), em Curitiba, para avaliação e debate das propostas feitas pelo governo estadual. “Devemos chegar a essa reunião com o máximo de professores e funcionários que pudermos”, afirmou o presidente da APP, Antonio Carlos Gonçalves.





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