sexta-feira, 25 de abril de 2014

Educadores pedem apoio da Câmara de Vereadores


Professores e servidores devem receber um espaço, na próxima terça (29), para expor a situação das escolas da região de Londrina em plenário. O Legislativo também deve enviar ao governo estadual uma moção de apoio à greve

Willian Casagrande

Depois de ocupar as ruas, foi a vez dos professores e funcionários das escolas estaduais ocuparem o plenário da Câmara de Londrina, na tarde desta quinta (24). Representantes da APP-Sindicato foram pedir apoio dos parlamentares para pressionar o governo do estado a acatar as reivindicações do movimento.

Ainda antes da sessão, em conversa com o presidente da Casa, Rony Alves (PTB), ficou acordado que, na próxima terça (29), os educadores e servidores poderiam receber um espaço para expor, em plenário, a situação das escolas na região de Londrina. A medida iria à votação dos vereadores após o expediente da Casa. Os vereadores também se comprometeram em enviar, ao governo estadual, uma moção de apoio à greve.

Logo no início, a sessão foi suspensa, por 30 minutos, para que o presidente do sindicato, Antonio Marcos Gonçalves, pudesse expor a situação que levou os educadores às ruas, da falta de ar-condicionado nas salas de aula – os equipamentos, comprados em 2013, ainda não foram instalados – ao reajuste no piso salarial, aumento para 33% na hora-atividade, melhorias no Sistema de Assistência à Saúde (SAS), entre outros motivos.

“O argumento do governador (Beto Richa), de que recebemos 50% de aumento, é falso. Nós tivemos reajuste de 50%, mas foi porque as condições anteriores eram muito piores. O longo período de desmonte da educação é que exigiu esse reajuste”, afirmou Gonçalves. O presidente da APP ainda pediu aos vereadores, “independente de partido”, apoio na causa da educação.

Segundo o secretário de Imprensa da APP-Sindicato, Nelson Antônio da Silva, lembrou da “manobra política” do governo por meio da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). “No ano passado, os deputados estaduais aprovaram o plano de cargos e também a hora-atividade para a categoria, mas tudo ficou parado no Executivo. Isso nos desarmou.”

O vereador Professor Fabinho (PPS), responsável pelo convite aos educadores, manifestou-se favorável às reivindicações. “Valorizar a educação é pensar em outra sociedade, sem vários problemas ambientais e sociais que temos hoje”, concluiu.
 
 









 

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