Hoje, 15 de outubro, queremos levar a todos (as)
os (as) professores (as) a uma reflexão sobre o atual momento em que estamos
vivenciando e que irá perpetuar durante os quatro anos de mandato do atual
Governador reeleito, em primeiro turno, Senhor Carlos Alberto Richa (PSDB).
A
categoria da educação no Brasil sempre foi desfavorecida e desprestigiada ao
longo de sua história. Porém, com a aprovação do Plano Nacional de Educação
(PNE), conseguimos obter alguns avanços e através de muitas lutas,
paralisações, greves e incansáveis negociações fizemos com que o Governador
Beto Richa (PSDB) cumprisse a Lei do Piso Nacional da Educação (reajuste
salarial e os 33% de HA), com a ressalva de que os reajustes devem ser feitos
sempre no dia primeiro de janeiro de cada ano e o governo só faz no período da
Data Base dos servidores públicos do estado, ou seja, existem correções que
precisam ser feitas e que já foram judicializadas para que os (as) professores
(as) não sejam mais uma vez “boicotados (as)”. Vale ressaltar que, durante
esses quatro anos de governo do PSDB, não tivemos ganhos reais, apenas o
reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional - PSPN e nossa HA foi
conquistada, de forma parcela.
Com
o resultado nas urnas no dia 05 de outubro, o atual Governador, saiu muito
fortalecido. O povo disse SIM, para todos os desmandos, todos os retrocessos
que ocorreram em seu governo, como: fechamento de turma; diminuição do porte de
escola; concurso público feito por uma instituição particular com diversos
problemas; falta de concurso público para funcionários; não abertura da dobra
de padrão; pagamento da Pós-Graduação para os PSS; dificuldade para licença prêmio; diminuição de carga horária para
disciplina de arte e educação física; fechamento de EJA individual e diminuição
de matrículas na modalidade coletivo; entre outros.
Assim,
neste momento em que lembramos o dia do professor, e que os olhos da sociedade
estão voltados para a educação, nós da APP-Sindicato, Núcleo de Londrina,
queremos reafirmar a importância da união e atuação coletiva para enfrentar os
ataques a nossa profissão, e ao mesmo tempo, fazer com que as conquistas
obtidas com o novo Plano Nacional de educação se materializem em melhores
condições de trabalho e de salário para o conjunto dos educadores de nosso
estado e do país.
Estamos
atravessando um momento decisivo para a política educacional brasileira. Nos
próximos dias teremos o segundo turno das eleições para a presidência da
república. Dois projetos distintos de estado e de políticas para a educação
estão em disputa. O voto não deve ser definido pela simpatia a um nome ou
outro, mas sim, pelos projetos que cada candidatura apresenta. Por um lado, a
visão definida e implementada pelo governo Dilma de fortalecimento do estado,
com a ampliação de recursos para a área da educação, com a implantação do Piso
nacional do Professor, os 10% do PIB para a educação, a ampliação do número de
universidades públicas e de vagas para o ingresso no ensino superior, e a
realização dos concursos públicos. De outro lado, a política que nós já conhecemos,
a do estado mínimo, implantada no Brasil durante o governo Fernando Henrique, e
no estado, durante o governo Lerner, nominada agora como “choque de gestão”
defendido pelo candidato Aécio Neves. A política de estado mínimo prevê a
redução do estado com a diminuição de oferta da educação pública, precarização
dos contratos, aumento do tempo para aposentadoria, achatamento salarial,
parceria com iniciativa provada, culpabilização dos profissionais de educação; políticas
estas implantadas hoje nos estados de Minas Gerais e de São Paulo.
Pedimos
que você faça uma reflexão sobre como estes projetos vão incidir na sua vida
profissional nos próximos anos. Evidente que há várias contradições e problemas
no atual governo, porém não podemos ficar omissos diante deste quadro. É o
futuro da educação da nossa profissão que está em jogo.
Finalizamos externando nossos parabéns a cada um e a cada uma de vocês e o nosso compromisso com as lutas pela valorização de nossa profissão, da educação e pela construção de uma sociedade justa e solidária.
Finalizamos externando nossos parabéns a cada um e a cada uma de vocês e o nosso compromisso com as lutas pela valorização de nossa profissão, da educação e pela construção de uma sociedade justa e solidária.
Paola Gollner
Luiz Paixão Rocha
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